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Editorial 005
NÃO SEJA UMA RAINHA TRÁGICA
Texto de: Altamir Antônio Rosa Araldi
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Quando as coisas estão dando muito errado, há uma forte tentação de desempenharmos um papel trágico, e nos sentirmos profundamente feridos, até mesmo amargos. O resultado disso, contudo, é apenas tornar mais difícil endireitar as coisas de novo. Na verdade, pode ser até impossível demonstrar enquanto perdurar tal atitude.
A autopiedade, que faz com que sintamos pena de nós mesmos, parece oferecer uma fuga da responsabilidade, porém é uma droga fatal. Confunde os sentimentos, cega a razão e nos deixa à mercê das condições externas.
Nos dramas antigos, um dos papéis prediletos era o da Rainha Trágica que andava para lá e para cá no palco, toda de preto, com um ar intolerável de inocência ofendida. Nunca fazia tentativa alguma para endireitar as coisas e, invariavelmente, tinha um fim muito triste.
Não seja uma rainha trágica - quer você seja homem ou mulher, pois não é uma questão de sexo, mas de ponto de vista mental. Aconteça o que acontecer, recuse-se a encará-lo de modo trágico. Repudie firmemente a coroa do martírio. Se não puder rir de si mesmo (que é o melhor dos remédios), ao menos tente enfrentar a dificuldade de modo objetivo, como se dissesse respeito à outra pessoa. Ser trágico é aceitar a derrota. Recusar-se a ser trágico é afirmar a vitória. Longe de querermos ser piegas, lá vai o conselho: Saiba que você pode ser vitorioso, insista na vitória. |
A partir de 15 Maio de 2018
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