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ESTATÍSTICA
Disciplina: Estatística e Probabilidade
Curso Completo (Apostila)
Professor: Altamir A. R. Araldi
Ano: 2004 e 2005, Local: CAV-UDESC, Cidade: Lages-SC
CAPÍTULO 4 - MEDIDAS DE DISPERSÃO (OU VARIABILIDADE)
I - MEDIDAS DISPERSÃO (OU VARIABILIDADE)
4.1 - INTRODUÇÃO
Depois das Medidas de Tendência Central, de uma Série de Valores ou de uma Distribuição de Freqüência, ocupamo-nos a seguir do Grau de Dispersão ou Variação, ignorando por enquanto a sua forma. Assim, duas Séries ou Distribuições de Valores, embora com a mesma Média, por exemplo, podem ter uma Flutuação muito diversa desses valores em torno da Medida de Tendência Central. A característica desse fato é dada pelas Medidas de Dispersão ou Variabilidade.
4.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE DISPERSÃO
4.2.1 – ABSOLUTAS: DESVIO QUARTÍLICO, VARIÂNCIA E DESVIO PADRÃO.
4.2.2 – RELATIVAS: COEFICIENTE DE VARIAÇÃO.
4.3 – DESVIO QUARTÍLICO (DQ)
Ou Amplitude Semi-Interquartílica, de uma Série Simples ou de uma Distribuição de Freqüência, é definida por:
DQ=(Q3 – Q1)/2 (1)
Em que Q3 é o Quartil Superior ou 3o Quartil e Q1 é o Quartil Inferior ou 1o Quartil.
O Desvio Quartílico mede a Concentração das Observações em torno da Mediana. Assim, comparando uma Série de Valores ou Distribuição de Freqüência, quanto maior o “DQ”, tanto maior a Dispersão.
Exemplo:
-
Qual o Desvio Quartílico da Série x={4, 5, 7, 9, 10}?
-
Dada a Série y={4, 6, 7, 9, 12}. Compare com a Série anterior. Qual delas tem maior Grau de Dispersão?
Resposta: DQX=2,5;
DQY=2,75.
Interpretação: DQY > DQX.
4.4 – VARIÂNCIA (S²)
4.4.1 – DEFINIÇÃO
É a Razão entre a Soma dos Quadrados dos Desvios e o Número de Observações.
4.4.2 – NOMENCLATURA
4.4.3 – FÓRMULAS DE CÁLCULO
a) Série Simples:
(para uma Amostra); (2a)
(para uma População). (2b)
b) Distribuição de Freqüência:
(para uma Amostra); (3a)
(para uma População). (3b)
Em que .
OBSERVAÇÃO: Para n suficientemente grande, tanto faz usar n ou n-1 no denominador. Veremos o porquê de se usar n para a Amostra e n-1 para a População quando tratarmos do Tópico "Estimadores de Parâmetros".
Desenvolvendo o Binômio , obtêm-se as seguintes Expressões abaixo:
a) Série Simples
para uma Amostra); (4a)
b) Distribuição de Freqüência
para uma População); (4b)
Ensino&Informação: Medidas de Tendência Central e Separatrizes - Exercício 01
4.5 – DESVIO-PADRÃO (s)
4.5.1 – Definição
É a raiz quadrada da Variância, isto é, a Média Quadrática dos Desvios em relação à Média de uma Série ou Distribuição em estudo. Ou seja:
4.5.2 – FÓRMULAS DE CÁLCULO
a) Série simples
(para uma Amostra) (5a)
(para uma População) (5b)
b) Distribuição de Frequência
(para uma Amostra) (6a)
(para uma População) (6b)
Desenvolvendo o binômio , obtêm-se as mesmas expressões (para a Amostra) (4a) e (4b) somente que sob a raiz quadrada.
Observação: Para Dados Agrupados em Classes os Pontos Médios de classe, “Pi”, entram nas expressões para o cálculo da Média e, conseqüentemente, para o cálculo da Variância no lugar dos “xi”.
4.5.3 – Vantagem
a) O desvio-padrão pode receber melhor tratamento algébrico que as outras medidas de dispersão, por isso é considerada a mais representativa delas.
b) O Desvio padrão está na mesma unidade da variável estudada, seja numa série simples ou em distribuição de freqüência.
4.5.4 - Interpretação do Desvio Padrão:
Vejamos o Exercício 1 mostrado acima. O valor da Variância da Série Simples dada é 5,2. Assim, O valor do Desvio padrão no caso considerado uma População é a Raiz Quadrada deste valor ou seja . Isto é, estando o Desvio Padrão na mesma UNIDADE da Variável X e, por conseguinte, da Média, podemos dizer que os dados valores de x1=4, x2=5, x3=7, x4=9 e x5=10 estão EM MÉDIA (NA EXPRESSÃO DO CÁLCULO DA VARIÂNCIA ESTÁ IMPLÍCITO UM VALOR MÉDIO JÁ QUE É UM SOMATÓRIO DE n valores DIVIDIDO POR n) DISTANTES 2,28 UNIDADES DA MÉDIA =7.
Já no Exercício 2 acima temos: . E a interpretação deste valor é análoga a do Exercício 1. Isto é, EM MÉDIA OS VALORES "xi" ESTÃO AFASTADOS DO VALOR DA MÉDIA 1,921 UNIDADES.
4.6 - Medidas de Variação ou Dispersão Relativa
4.6.1 – CONCEITO DE VARIAÇÃO RELATIVA (VR)
Variação Absoluta: DQ (Desvio Quartílico) e S (Desvio Padrão)
Medida de Tendência Central: e Md
OBSERVAÇÃO: O valor da Variação Relativa é um valor entre 0 e 1, ou seja, 0 ≤ VR ≤ 1.
NOTA: Quando numa Distribuição de Freqüência, for impossível determinar o valor da Média (classes extremas abertas) e consequentemente o Desvio Padrão, utiliza-se para determinar a Variação Relativa os valores do “DQ” e da “Md”, que são determináveis.
4.6.2 – COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE PEARSON (CV):
4.6.2.1 – VANTAGEM
O Coeficiente de Variação de Pearson independe das unidades utilizadas.
4.6.2.2 – DESVANTAGENS
a) O Coeficiente de Variação de Pearson deixa de ser útil quando está próximo de ZERO, ou seja se → 0 .
b) Não pode ser calculado quando a Distribuição de Frequências ou Séries Simples apresenta intervalos de classe extremos abertos.
No Exercício 1 acima temos: .
No Exercício 2 acima temos: .
Isto significa que existe maior variabilidade nos Dados no Exercício 1 do que nos Dados do Exercício 2, independentemente do tamanho da População (no caso ).
OBSERVAÇÃO: Em outras palavras, o Coeficiente de Variação serve para compararmos duas Séries ou Distribuições de Frequências com respeito a VARIABILIDADE DOS DADOS, independentemente das Unidades envolvidas.
4.6.3 – COEFICIENTE DE VARIAÇÃODO DESVIO QUARTÍLICO (VRDQ)
Por Definição, .
OBSERVAÇÃO: É utilizado sempre que a Média e, conseqüentemente o Desvio Padrão não podem ser calculados.
4.7 - AVALIAÇÃO DAS DISPERSÕES OU VARIAÇÕES RELATIVAS
Na avaliação ou interpretação do fenômeno, podemos concluir se o mesmo é MUITO, MUITÍSSIMO, POUCO ou POUQUÍSSIMO Disperso. OBSERVAÇÃO: Esta Classificação é algo que temos considerar ser SUBJETIVA - outros podem fazer suas próprias classificações dentro, é claro, da Coerência necessária.
Esses Índices podem ser aplicados às Medidas de Dispersão Relativas como dado na Tabela abaixo:
Em Breve estaremos apresentando uma Página especialmente para falar sobre:
a) Significado do Ponto Médio de Classe;
b) Quais as vantagens e desvantagens ao se escolher um número de
classes k muito grande ou muito pequeno;
c) Quando é preferível trabalhar com classes de amplitude desiguais; e etc.
Capítulo 1 - SÉRIES ESTATÍSTICAS E NÃO ESTATÍSTICAS - GRÁFICOS
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: TIPOS OU CLASSIFICAÇÃO
Capítulo 2 - DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS OU TABELA DE FREQUÊNCIAS
Capítulo 3 - Medidas de Tendência Central, Separatrizes
Capítulo 4 - MEDIDAS DE DISPERSÃO (OU VARIAVILIDADE)
Capítulo 5 - ASSIMETRIA e CURTOSE
Capítulo 6 - TEORIA ELEMENTAR DA PROBABILIDADE
Capítulo 7 - DISTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DE PROBABILIDADE
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Exercícios Propostos: Capítulos 3 e 4 (Arquivo ".PDF")
Resolução dos Exercícios: Exercício 01 / Exercício 02 / Exercício 03 / Exercício 04 /
Exercício 05 / Exercício 06 / Exercício 07 / Exercício 08 /
Exercício 09 / Exercício 10 / Exercício 11 / Exercício 12 /
Exercício 13 (Já resolvido: Veja as Vídeo Aulas abaixo) /
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TABELAS (Capítulo 7):
I - Distribuição Normal; II - Distribuição Binomial
Exercícios Propostos: Capítulo 7 (Arquivo ".PDF")
Resolução dos Exercícios do Capítulo 7:
Exercício Resolvido (5) ⇒ YouTube
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Tópicos em Estatísticas: Arquivo Formato ".PDF"
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